"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens." (Fernando Pessoa)


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu e eu



Estou sentada numa poltrona de um laboratório fazendo um exame que durará quatro horas. A mocinha simpática que me atende pergunta se quero ficar com a agulha no braço, ou se quero tirá-la e furar novamente a cada coleta. Assim que sai olho para os lados e estou só, ela só voltará dentro de meia hora, e depois de hora em hora. É muito bom ficar só. Acredito que quem vive só talvez não pense assim, mas quem vive nesse mundo corrido, em meio a tantos compromissos deve sentir falta de ficar só.
Penso comigo ... Pela milésima vez.
Qual o verdadeiro sentido da vida. Atrás do que devemos correr. Será como posso fazer para correr atrás do que realmente quero. Mas o que eu quero mesmo? Continuo conversando comigo mesma. Descubro algo que já sei. Tem duas pessoas dentro de mim. Uma quer alcançar um estado sublime, simples, essencial. A outra sofre com as normas e rótulos da sociedade. Uma quer conhecer Deus de uma maneira que Ele faça mais parte da nossa vida. A outra corre, cuida de casa, do filho, do marido, da família, da saúde, das amigas, das contas, do super mercado, e até pouco tempo atrás dividíamos essa rotina com um trabalho, como o de quase todo mundo, de dia inteiro. Uma quer convencer a outra de que têm algo muito maior dentro delas que precisa ser descoberto. Mas a outra acha difícil demais pensar nisso e mais difícil ainda encontrar uma forma de fazer isso. Então a Sil diz: Não precisamos parar, podemos nos esforçar e dedicar algum tempo para essa descoberta. E a Silmara fala: Não conseguimos concentrar no meio da correria do dia a dia, no meio dos compromissos, no meio do meio em que vivemos. E Sil completa: Então precisamos mudar.
Minha Sil querida é minha grande amiga de vida, que sabe de todos meus anseios, meus medos, minhas vergonhas. Ela é bondosa, tranqüila, serena. Ela é paciente e espera pela hora certa. Ela é sublime, sensata. Sempre me apoiou e enxugou minhas lágrimas em momentos de solidão. Por outro lado ela sempre me falava baixinho que eu não precisava ser a boazinha em todos os momentos. E aos pouquinhos ela foi me convencendo de algumas coisas. E também ela está um pouco cansada, cansada de falar baixinho, de esperar. Então ela começou a falar mais alto. Ela começou a se impor. Tem hora que ela até grita, esperneia e me faz chorar. Olho para ela e pergunto: Mas o que afinal você quer? E ela responde: Quero que você descubra quem realmente você é. Quero que sejamos uma só para que possamos atingir nosso ser mais soberano, nosso ser mais amado, nosso ser especial e de luz. Ai, ai. Muito difícil penso eu. E como fazer isso?
A lista de coisas que devemos fazer na vida é imensa. Acredito em destino e as coinscidências pra mim são sinais. Mas a sociedade é exigente, vivemos do modo que vimos nossos pais e familiares vivendo, constituindo família e trabalhando para ganhar a vida. E o ritmo de vida que de repente se tornou alucinante. Corremos de um lado a outro para dar conta de tudo, e que quando chegamos em nossos lares, muitas vezes faltam força para a melhor parte, que é a família. É isso sempre me perturbou. Esse tempo todo que perdemos correndo pra lá e pra cá, parecendo que estamos em um labirinto que no final só tem água e comida.É, Quero muito mais que isso. Quero paz no meu coração e na minha vida, quero almejar coisas de valores reais e não imaginários, quero emanar sentimentos que vêm de Deus.

Silmara Trindade
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Um dia triste



Tarde de agosto de 2003.

Nessa tarde chorei tanto, mas tanto, que eu nem imaginava que alguém poderia chorar assim. O choro vinha lá de dentro do coração. Era um choro doído, sem esperanças, perplexo. Meu coração não aceitava, não entendia. Eu andava de um lado para outro, varria a casa e olhava lá pra fora incrédula. Era agosto, os ventos faziam um som nos ciprestes e eles balançavam. Aqueles movimentos sempre me traziam boas sensações, mas naquele dia o balanço era triste, a tarde estava com um sol estranho pra mim, e o dia parecia meio cinza.

Eu passava pano, e parava e olhava de novo na janela. Acho que queria que meu pai aparecesse, andando, como se nada tivesse acontecido. Ou se pelo menos ele aparecesse como em filmes, todo iluminado, como se fosse seu espírito, mas de alguma forma aquilo pudesse acalmar meu coração...

Foi a primeira vez na minha vida em que eu não conseguia segurar as lágrimas por horas a fio. Elas não paravam de sair e inundar meus olhos, no fim da tarde eles estavam inchados e eu exaurida.

Foi quando de repente veio na minha direção um pássaro preto. Ele deu uma rasante, que na hora achei que fosse bater na janela. Achei aquilo estranho. Saí e olhei para todos os lados a sua procura. E espantada pude vê-lo bem em cima do parapeito da janela, me olhando. Ele era diferente, todo preto, grande, e com uma penugem branca no rabo.

Sentei-me na varanda, no degrau, e por uns minutos admirei aquele local que eu amava. Um condomínio nas montanhas, um lugar com uma natureza indescritível. Um lugar onde me sinto em paz.

Meus pensamentos viajaram e me lembrei do último dia do meu pai em minha casa. Coloquei uma cadeira na grama para ele sentar e ficar olhando, descansando. Passei um café, e tomamos juntos conversando sobre algumas coisas. Meu pai sempre amou pássaros, em especial, pássaros pretos. Já tivemos dois, ele um e eu outro quando ainda éramos uma família tradicional e meio feliz.

O mais marcante é que nessa tarde, eu disse a meu pai que no condomínio era cheio de pássaros pretos, mas que eles nunca vinham em minha casa. Eu os via nas gramas de outras casas. E ele me disse para colocar mamões que os pássaros pretos adoram.

De repente, interrompendo meus pensamentos, o pássaro pousou na grama bem na minha frente, e começou a comer mosquitinhos, ele saltava e pegava, parecia dançando. E assim, foi. Vieram mais três pássaros pretos, e pousaram junto do outro, fazendo também a dança. Não sei falar se isso durou três minutos ou meia hora. Eu só sei que aquele espetáculo era para mim. Não sei dizer de onde veio, nem como, nem nada, só sabia seu significado, e isso acalmou meu coração...


Silmara Cardoso Trindade

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Um dia meu


05 de maio de 2001.

Foi o dia mais feliz da minha vida. Quando eu saí do carro, bati com a coroa no teto de novo, e quase que desmancha o penteado. Minhas pernas tremiam, minha mão estava gelada e molhada. Meu pai me olhou e disse: Está linda.

A Igrejinha pequena, ao pé das montanhas estava abarrotada, o por do sol se ia. Culpa do fotógrafo. Eu não tinha coragem de olhar para os lados, só via que todos de todos os lados me olhavam.

Cruzamos os braços e fomos passo a passo caminhando para porta da igreja.

O início da marcha nupcial colaborou para minhas pernas tremerem mais ainda, quase que não consegui dar o primeiro passo. A primeira pessoa que vi quando as portas se abriram foi ele, o maior anjo de minha vida, o meu amor.

Rapidamente me lembrei quando falei assim com minha mãe, quatro anos atrás: Quero alguém que eu ame. Mas alguém que eu ame tanto que meus olhos não consigam disfarçar. E ela me disse: Amar muito é perigoso, podemos sofrer. Mas isso nem passava pela minha cabeça, eu só queria amar, e amar muito.

Combinamos de não ficarmos nervosos, de olharmos um no olho do outro quando eu estivesse entrando. Ele me olhou assim, eu me perdia olhando as pessoas para verem as caras que estavam fazendo.

Combinamos também, de selar o matrimônio com um beijo celestial, e foi assim. Saímos da Igreja totalmente borrocados. O padre riu....


Silmara Cardoso Trindade

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Pai - Sabedoria na simplicidade


Uma mensagem para pais e filhos ...

Do livro carta entre amigos - Padre Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo


Ainda criança, em uma excursão para um parque de diversões, experimentei a dor preenchendo o meu tal fluxo de vivências. A história se deu mais ou menos assim. Éramos um ônibus de crianças conduzidas por dois ou três professores. Chegamos ao parque. Os brinquedos nos deixavam alucinados. Era emocionante para nós, meninos interioranos, explorar o grande parque de diversões da capital. A adrenalina misturava-se à alegria e à molecagem. Assim, furávamos fila. Discretamente. Tínhamos a desculpa da pouca idade. E tudo era festa. Até que, quase no horário do retorno, furamos mais uma vez a fila de um brinquedo chamado Montanha Encantada. Eu e mais uns quatro. Quietinhos, entramos; e quietinhos, ficamos. Uma mulher, entretanto, não se conformou com nossa audácia e começou a dizer as piores ofensas. Ela tinha razão, então nos fizemos de distraídos. Foi quando um homem resolveu nos defender. Alegou que éramos crianças nos divertindo. A mulher ficou ainda mais irritada dizendo que exatamente por sermos crianças é que deveríamos ser corrigidos. Ele tentou dizer alguma coisa e ela soltou um sonoro “cala a boca”. Ele retrucou e ela avançou sobre o homem. Deu um tapa em sua cara. Ele retribuiu. E nisso chegou o marido dela. E uma confusão tomou conta daquela fila. Vieram os seguranças e nós saímos correndo em direção ao ônibus. Chegamos ofegantes. Cheguei entristecido. Eu sabia que não devia furar fila. E o que mais doía é que o homem que tinha me defendido estava agora em uma situação ruim. Contei a história meio choramingando a um dos professores e ele, vendo meu pânico, a piorou. “Parece que mataram o homem.” Meu Deus, como sofri naquela viagem. Tinha vergonha de chorar. Escondi-me de mim mesmo aos oito ou nove anos de idade. Cheguei em casa angustiado. Quando vi meu pai, abracei-o e chorei muito antes de conseguir contar a história. Meu pai primeiro me abraçou em silêncio, depois encontrou uma saída para aliviar a minha preocupação. “Filho, vamos ver a notícia na televisão. Se o homem morreu, eles mostram. Se não mostrarem, é porque nem machucado ele ficou.” Eu acreditei. E fiquei de mãos dadas com ele até a última notícia.

Ah, pai amado, quanta sabedoria na sua simplicidade! Padre, como é importante termos espaços para narrarmos as nossas perdas em casa. Pais que nos escutem primeiro para depois apontar outros horizontes. Meu pai era assim, resolvia comigo as minhas dores. Era preciso sentar ao lado dele para que pudéssemos descobrir juntos o desfecho. Ele não ridicularizava a minha dor. Era uma brincadeira do professor, apenas. Mas não importava. Se eu estava sofrendo, era preciso respeitar. E, depois do alívio, o ensinamento. “Filho, nessas horas a gente aprende que é bobagem fazer a coisa errada.” E mais nada. Um sorriso. Um beijo de boa noite. E mais nada. E do que mais eu precisava naquela noite intranquila? Da segurança de suas mãos grandes. Meu pai tinha mãos grandes e nós brincávamos de ver quanto faltava para que minhas mãos superassem as suas. Um dia, as minhas mãos ficaram maiores. No começo, eu as encolhia um pouco para que as suas mãos continuassem sendo as vitoriosas.

Amigo, no dia em que ele morreu, brincamos um pouco antes, no hospital, de ver quem tinha a maior mão. Novamente, encolhi um pouco a minha para que ele ganhasse. Do alto dos seus 84 anos, ele me disse: “Filho querido, eu sei que a sua mão é muito maior do que a minha, mas isso não é um problema para mim, ao contrário”.

Essa não era a admissão de uma derrota. Era a sua vitória. Meu pai queria que eu crescesse e não competia comigo. Minha vitória era a sua vitória. Minhas inquietações eram acalentadas em sua paciência. “Paciência, filho”, era quase que uma jaculatória. Quando alguma coisa não saía do jeito que eu queria, “paciência, filho”; quando a doença chegava e alguns planos tinham de ser desfeitos, “paciência, filho”. Até nas derrotas bobas do meu time de futebol. Eu chegava em casa cheio de desculpas por ter perdido, e ele ouvia, e depois lançava, “paciência, filho”. É, pai, como esta virtude faz falta: paciência.


Carta entre amigos - Sobre ganhar e perder
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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Quebrando pedras e plantando flores


Não morre aqueles que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos...


Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.

Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.

Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida…
Quebrando pedras
e plantando flores.

Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.

Das Pedras
De Cora Coralina
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A vida


O que realmente devemos nos importar nessa vida?
Tem gente que tem amor, mas se preocupa com o trabalho;
Tem gente que tem um bom trabalho, mas sente falta de um verdadeiro amor;
Tem gente que tem amor, mas não dá valor;
Tem gente que tem uma bela família, mas se sente sufocado;
E tem gente que não tem família e se sente só;
Tem gente que a vida é agitada, e sente falta de paz;
E tem gente que a vida é calma, e sente falta de um agito;
Quem tem uma mãe presente, sente falta de privacidade;
Mas quem tem uma mãe ausente, sente falta de amor;
Quando temos nas mãos alguma coisa, geralmente não a valorizamos todos os dias,
só no dia em que a conquistamos;
Mas quando a perdemos, descobrimos o quanto a amávamos;

O mais importante de tudo, que por ora esquecemos;
é o simples fato de estarmos aqui; de existirmos;
De podermos tocar, sentir, ver;
De podermos respirar;
De podermos vivenciar essa experiência incrível, que se chama vida;
De podermos amar;
Então, peço a Deus;
que sempre ao acordar, eu me lembre dessa dádiva;
E esqueça as coisas que eu acho serem problemas;
E que quando ao abrir os olhos, eu consiga sentir o estado pleno da vida;
e que eu consiga agradecer;
e sair por aí sorrindo, sentindo, vendo, respirando... vivendo.
Que eu consiga viver sentindo o que realmente importa.
Porque sei que sou uma filha especial, e mereço ser feliz!

Silmara Cardoso Trindade

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu aprendi ...



Eu aprendi...
que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.....
Eu aprendi
..que ser gentil é mais importante do que estar certo...
..Eu aprendi...
..que eu sempre posso fazer uma prece por alguém..quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma...
..Eu aprendi...
..que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos...
. Eu aprendi...
..que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para ..segurar e um coração para nos entender...
..Eu aprendi...
..que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão ..nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas...para mim quando me tornei adulto...
..Eu aprendi...
...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos...
..Eu aprendi...
...que dinheiro não compra "classe"...
..Eu aprendi...
...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;
. Eu aprendi...
...que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa ...que deseja ser apreciada, compreendida e amada...
..Eu aprendi...
..que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?
..Eu aprendi...
..que ignorar os fatos não os altera...
..Eu aprendi...
..que quando você planeja se nivelar com alguém, ..apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você...
..Eu aprendi...
..que o AMOR, e não o TEMPO, é que "CURA todas as feridas...
..Eu aprendi...
..que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa ..é me cercar de gente mais inteligente do que eu...
..Eu aprendi...
..que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso...
..Eu aprendi...
..que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa...
..Eu aprendi...
..que a vida é dura, mas eu sou mais ainda...
..Eu aprendi...
..que as oportunidades nunca são perdidas, ..alguém vai aproveitar as que você perdeu...
..Eu aprendi...
..que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar...
..Eu aprendi...
..que devemos sempre ter palavras doces e gentis ..pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las...
..Eu aprendi...
..que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência...
..Eu aprendi...
..que não posso escolher como me sinto, ..mas posso escolher o que fazer a respeito...
..Eu aprendi...
..que todos querem viver no topo da montanha, ..mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a...
..Eu aprendi...
..que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte...
. Eu aprendi...
..que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer...
William Shaskeapeare
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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quando me amei de verdade







Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber viver!!!

Charles Chaplin
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terça-feira, 13 de julho de 2010

O Eu supremo



Temos um EU supremo !!


Não conseguimos reconhecer nossa natureza divina mais profunda. Não percebemos que, em algum lugar dentro de todos nós, existe um EU SUPREMO que está eternamente em paz. Esse EU SUPREMO é a nossa verdadeira identidade, universal e divina. Se você não perceber essa verdade, dizem os iogues, estará sempre desesperado, idéia expressa de forma inteligente na seguinte frase irritada do filósofo estóico grego Epítero: ”Você leva Deus dentro de si, seu pobre desgraçado, e não sabe disso!”
Ioga é o esforço que uma pessoa faz para vivenciar pessoalmente a sua divindade, e em seguida para sustentar essa experiência para sempre. Ioga é o domínio de si e o esforço dedicado a desviar a atenção de reflexões intermináveis sobre o passado e preocupações infindáveis com o futuro para, em vez disso, conseguir buscar um lugar de eterna presença, de onde se possa olhar com tranqüilidade para si emso e paro o mundo ao redor. Somente dessa perspectiva de equilíbrio da mente é que a verdadeira natureza do mundo (e de você prórpio) lhe será revelada. Os verdadeiros iogues, de sua posição de equanimidade, vêem este mundo todo como a mesma manisfestação de energia criativa de Deus – homens, mulheres, crianças, nabos, piolhos, corais: tudo isso é Deus disfarçado. Mas os iogues acreditam que a vida humana, e somente com uma mente humana, é que a percepção de Deus pode ocorrer. Os nabos, os piolhos, os corais – eles nunca tem a oportunidade de descobrir quem realmente são. Nós temos essa oportunidade.

"Nosso propósito nessa vida, portanto - escreveu santo agostinho, ele próprio um pouco iogue - é recuperar a saúde do olho do coração através do qual se pode ver Deus".


“Comer Rezar Amar” de Elizabeth Gilbert
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Ninguém tem o poder de te fazer infeliz,
Só você e Deus
Você não deve querer
E Ele nunca quis....